Bom dia, galera da rinha. Seguindo a linha do post da semana passada, vim trazer algumas perspectivas sobre possíveis mudanças no ambiente tribal a fim de simplificar o formato. Então, sem mais delongas...
1- E se tivéssemos mantido o formato original de 20 criaturas da tribo + a lista de banidas da wizards, do legacy e da comunidade?
Os prós é que seria muito mais fácil montar decks tribais na grande maioria dos casos. Essa maneira indica que fora as 20 criaturas iniciais, poderia usar-se qualquer coisa? Na época que jogávamos assim, por exemplo, eu usava tribos diferentes para suporte. Por exemplo, usava Birds of Paradise ou Ancião da Tribo Sakura para acelerar e corrigir a curva de mana, ou usava diferentes geradores de ficha, como Xenagos, o orgíaco em uma build de bestas com Fogo Grego. A liberdade criativa impera aqui, mas também a possibilidade de combos, já que nada restringiria um deck de humanos jogar com Kiki-Jiki + Chatonilda, por exemplo.
Quando moldamos o nosso formato atual nós tomamos como base esse formato, mas decidimos incluir o conceito das cartas relacionadas, o que creio ser uma escolha saudável. Quando elaboramos, decidimos entre um mínimo de 16, 20 ou 24 criaturas. A fim de abranger, em especial, a tribo Saprófitas, que não possui criaturas específicas da tribo (só possui cartas relacionadas), então o formato foi organizado como ele é hoje. E em votação decidimos por 24 cartas relacionadas, sendo que delas, 16 devem ser criaturas, mas não necessariamente criaturas da tribo. Isso permite que alguém faça um deck de uma tribo sem usar sequer uma criatura daquela tribo, como é o caso de saprófitas, mas certamente devem ter outros exemplos também.
Para jogar novamente com a configuração de 20 criaturas e o resto livre, eu acredito firmemente que deveria se permitir sideboard. No entanto, neste caso, percebo que o formato seria um legacy piorado, com várias jogadas características do formato, só com o diferencial de ter 20 criaturas de uma dada tribo.
2- E se voltarmos ao formato de 30 cartas relacionadas?
Já existe uma outra vertente em nossa cidade que ainda joga desta forma. O resultado das partidas deste grupo são dois: primeiramente que tribos comuns se sobressaem, como goblins, humanos, elfos, tritões. O segundo é que isso não têm inibido combos e os jogadores com poucos espaços no deck para respostas, ficam a mercê de quem conseguir montar uma estratégia eficiente nessa linha. Dois decks que me chamam a atenção nesse quesito é um deck de clérigos com Shuko e Starlit Sanctum, e um deck de goblins com Primeiro dia de Aula + Barrete vermelho assassino + algum Sacrificador.
Para jogar aqui, sem sideboard, a lista de banidas deve ser reajustada constantemente, o que é um trabalho desnecessário e também por vezes deixa muito arbitrário o processo de decisão nas mãos dos jogadores, O que é muito forte para uns pode ser contornável para outros. No nosso formato atual, como temos a regra que inibe os ciclos infinitos, as duas jogadas acima não seria permitidas e resultariam em derrota em suas respectivas partidas.
Acredito, sim, que deveríamos incluir, de forma harmoniosa, combos (mesmo os infinitos) em nosso formato. Na verdade, temos uma regra que inibe a prática de jogadas infinitas mas mesmo assim combos não-infinitos ainda existem. É uma forma de vencer válida e que integra o alicerce do que é o magic. Tribos diferentes encontram apoios em estratégias diferentes. Um deck de ratos, por exemplo, não vai se colocar, na maioria dos casos, frente a frente, como um deck agressivo, contra um deck de tritão ou goblins. Aproveitar as forças de uma tribo também faz parte da essência que o magic proporciona. Assim como os decks de controle, embora mais raros, também devem fazer parte do formato. Usando o exemplo de ratos, acima, uma das forças dos ratos é forçar o descarte de cartas, que é uma estratégia válida (e funcional).
Isso traz diversidade ao jogo. Embora jogar de aggro seja divertido, por que não jogar de outros ângulos?
Magic é isso.