Bom dia, tarde, noite a todo(a)s. O blog ficou em hiato por bastante tempo. Uma pandemia, minha filhotinha nasceu e tenho um segundo emprego me ocupando 12h diariamente. Aproveitando então o feriado de finados para RESSURGIR DAS CINZAS, e também colocar em pauta os dois últimos posts que discutiam possíveis mudanças no formato.
Retomando o que foi exposto anteriormente, atualmente o nosso grupo de tribal abrange cerca de 10 jogadores regulares, que abraçaram e jogam de acordo com as regras estipuladas. Mas é de nosso interesse expandir o formato e conseguir jogadores novos. No entanto é de entendimento que as regras atuais são deveras complexas e numerosas para se ensinar a um novato, além de esbarrar em algumas áreas cinzentas. Dito isso, é minha intenção trazer neste post uma possível solução, exaustivamente pensada e pautada em linhas gerais de funcionamento do jogo, enxugando diversas regras auxiliares.
O primeiro intuito é que nosso formato deve ser de fácil compreensão. Temos muitas regras adicionais, então isso deve ser resolvido. O segundo ponto é que, preferencialmente, devemos ser os mais próximos e alinhados o quanto for possível com a Wizards. E o ultimo ponto e que devemos resolver os problemas que sempre assolaram o formato tribal.
Originalmente, nascido no magic online, a wizards tratou o formato como casual e sem sideboard. Nas primeiras ediçoes de torneios que fizemos, usamos side sem maiores problemas. As contradições começaram a surgir quando abolimos o side, criando assim uma espiral de problemas de balanceamento, sobretudo a dificuldade do formato lidar com combos, criando assim a sequencia de regras que levaram nosso formato ao que ele e hoje. Já temos alguns posts sobre isso, inclusive. No entanto isso não é completamente satisfatório. Se uma pessoa abrir o site da wizards hoje e pesquisar sobre tribal wars, muito pouco do que está lá se assemelha a nosso formato e não vejo isso de forma positiva. Tendo isso em vista a primeira modificação seria:
1 - reverter o formato a 1/3 de cartas a serem utilizadas devem ser magicas de criatura da tribo escolhida (doravante chamada Tribo).
Aqui ficariam dois adendos das regras anteriores:
a) quaisquer criaturas acima desse limite poderiam ser usadas se fossem cartas relacionadas a tribo, ou seja, cartas que possuem em seu texto de regra alguma interação com a tribo.
Exemplo: Selvagem de Wirewood poderia ser usado em um deck de bestas de 60 cartas se ela for a vigésima primeira criatura em diante.
b) mágicas e permanentes que já não sejam criaturas da tribo, que criem fichas de criaturas só podem ser usadas se criarem fichas da tribo.
Exemplo: Fera interior só pode ser usado por um deck de bestas, Elspeth, cavaleira errante e soar o alarme só podem entrar em um deck de soldados, xenagos, o orgíaco só pode ser usado por um deck de sátiros, etc.
Exemplo 2: em um deck de fungos, qualquer criatura do tipo fungo que crie fichas de saprófita, ou de qualquer outro tipo, podem ser usadas.
A principal mudança que isso traz é abrir o leque de possibilidades de deck, ainda mantendo o clima tribal. Possibilitará decks controle, e até combos, no formato.
Para resolver o impasse dos combos, voltaremos a contar com sideboard de 15 cartas, com uma alteração muito importante:
2 - O sideboard não pode ser composto de magicas de criatura EM NENHUMA DAS PARTIDAS da melhor de 3 ou melhor de 5, com exceção de criaturas usadas com a regra companheiro.
Isso quer dizer que não podem haver cartas de criatura na composição do side e nem podem ser retiradas criaturas do deck principal entre partidas.
Isso impede alguns abusos como, por exemplo, tirar criaturas na segunda partida em diante e transformar o deck em um deck de magicas, perdendo o tema tribal. Também deixa simples o checklist caso haja suspeita de irregularidade.
Mais algumas considerações e mudanças pontuais:
3 - Criaturas com a habilidade changeling NÃO compõem mais criaturas da tribo (exceto sua tribo original, shapeshifters), mas podem ser usadas como criaturas relacionadas. O mesmo vale para magicas e permanentes que criem fichas com a habilidade.
Com isso os shapeshifters com changeling deixam de ser 'coringas', e suas criaturas passam a compor sua própria tribo. Mas os changelings podem compor decks de outras tribos como suporte, acima do 1/3 mínimo permitido.
Oficialmente a justificativa desta mudança: A regra de changeling conta as criaturas como sendo dentro de qualquer tipo em qualquer zona enquanto partida em andamento. Isso não se aplica no momento da construção do deck, tratando-se de um formato construído.
Cartas como Adaptive Automaton também seguem a mesma regra dos changelings.
A lista de banidas será completamente revisada, mas contará com as listas oficiais do legacy, tribal e mais algumas pontuais que serão averiguadas. Provavelmente somente aquelas que ofereçam interação contra uma tribo específica.
Essa é a primeira proposta, que será discutida com nosso grupo e, uma vez aprovada, será gerado um post de regras atualizado.
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